O Brasil lidera a incidência de depressão na América Latina, revelando um desafio significativo para a saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% da população brasileira, equivalente a 11,7 milhões de indivíduos, enfrenta esse transtorno mental. Esses números colocam o país atrás apenas dos Estados Unidos a nível continental.
Fatores Contribuintes
Acesso limitado ao tratamento: A dificuldade de acesso a tratamentos de qualidade na rede pública de saúde limita o apoio disponível para aqueles que sofrem de depressão.
Estigma social persistente: O estigma social em torno dos transtornos mentais ainda é forte no Brasil, desencorajando muitos a procurarem ajuda ou a compartilharem suas experiências.
Ausência de protocolos de atendimento: A falta de protocolos de atendimento padronizados para a depressão contribui para a inconsistência na abordagem e tratamento desse transtorno.
Impacto da Desigualdade: A desigualdade socioeconômica exacerbada no Brasil afeta diretamente a saúde mental da população. A alta carga tributária e a baixa remuneração tornam a busca por serviços básicos um desafio, aumentando o estresse e a vulnerabilidade social.
Subnotificação e desafios adicionais
A subnotificação dos casos de transtornos mentais, em comparação com outros países, pode também explicar a alta incidência de depressão no Brasil, indicando uma necessidade urgente de mais conscientização, prevenção e tratamento adequado.
A depressão é um desafio complexo que requer uma abordagem multifacetada, desde políticas de saúde pública até mudanças na percepção social e no acesso aos cuidados de saúde mental.